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Fama (mitologia)

O mundo de hoje está em constante mudança e evolução, e é importante estar atento ao que está acontecendo ao nosso redor. Nesta ocasião, queremos falar sobre Fama (mitologia), tema que tem ganhado relevância nos últimos tempos. Fama (mitologia) é uma questão que diz respeito a todos nós, seja pelo seu impacto na sociedade, na economia, na política, na ciência ou em qualquer outro campo. Através deste artigo, procuraremos analisar Fama (mitologia) sob diferentes perspectivas, para compreender a sua importância e as implicações que tem no nosso dia a dia.

Fama

Fonte da Fama, Madrid

Fama, em grego: φήμη - transliterado phêmê, e do verbo φαναι - pnánaí, dizer ou propalar, significa inicialmente "o que é exposto, revelado" ou "voz pública" daí a divulgação, revelação, através da palavra ou de um sinal, trazendo a advertência dos deuses ou as mensagens de deus.

Divindade

Divindade feminina do panteão greco-latino, incubida de divulgar toda a casta de notícias, quer elas emanassem dos deuses, quer dos homens. A princípio, esta função de mensageira pertencia a Ossa (Homero, Il. II, 93 ; Od., XVIV, 413) ou a Íris ( Homero, Il. II, 786-787). Em Hesíodo, porém já aparece como uma deusa (T. e D., 763-764) e Sófocles (Rei Édipo, 158) dá-a como filha da Esperança.

Contudo, foram os poetas latinos que trouxeram maior gama de informações. Virgílio a descreve como a mais veloz de todas as calamidades: monstro horrendo, mensageira tanto da calúnia como da verdade (En., IV, 173 e ss.), é ela quem propaga a notícia dos amores de Dido e Eneias.

Na qualidade de portadora de boas novas, é representada iconograficamente sob a figura de uma mulher formosa a tocar trombeta. Como propagadora da mentira, identifica-se com a Calúnia, que Botticelli pintou com os traços de uma mulher velha, de rosto magro, semioculto sob o manto que lhe cobre a cabeça.

Mitologia grega

Fama nasceu de Gaia, logo após os gigantes Céos e Encélado. Habitava no centro do mundo, nos confins da terra, do céu e do mar. No seu palácio sonoro, construído de bronze, com milhares de orifícios, captava tudo que se falava, por mais baixo que fosse e, amplificando-o, propalava-o de imediato. Cercada pela credulidade, o erro, a falsa alegria, o terror, e a sedição e os falsos boatos, Fama supervisionava o mundo inteiro. Na representação clássica, possuía múltiplos olhos e ouvidos, que tudo viam e ouviam e de outras tantas bocas para divulgar. Dotada de asas (o que denota uma divindade ctônica, ligada aos mortos) deslocava-se rapidamente, quando necessário, para qualquer parte do Cosmo com a intenção de averiguar a veracidade dos fatos ou propagá-los pessoalmente.

Mitologia romana

Na mitologia romana é a divindade poética, mensageira de Júpiter, tendo sido afastada por ele para viver na companhia da Credulidade, do Erro, das falsas Alegrias, do Terror, da Discórdia e dos Boatos. Andava tanto a noite como durante o dia e sem conseguir calar-se, colocava-se sobre os lugares mais altos para levar ao público todo tipo de novidades, as falsas e as verdadeiras. Fama era representada pela figura de um ser alado, muito agitado e de feições assustadoras.

Literatura clássica

Presente nas obras clássicas, Fama aparece inicialmente na Odisseia de Homero, como reputação personificada encontra-se em Plutarco, mas como divindade, agente e operante, Fama só se afirmaria no mito latino com Ovídio e sobretudo com Virgílio em sua obra Eneida. Andava de noite e de dia, apregoando constantemente as novas dos lugares altos (Virgílio, Eneida, 1. 4)

Anjo

No tradição judaico-cristã, Fama deu lugar à figura dos anjos, seres alados protetores e portadores das mensagens de Deus. Na representação comum, os anjos geralmente têm asas de pássaro. Ao contrário de Fama, os anjos são donos de uma beleza delicada e de um forte brilho, e por vezes são representados como uma criança, por terem inocência e virtude. Os anjos são ainda figuras importantes em muitas outras tradições religiosas do passado e do presente, e o nome de "anjo" é dado amiúde indistintamente a todas as classes de seres celestes.

Referências

  1. «A Dictionary of Greek and Roman biography and mythology, Oarses, Orontes, Ossa». www.perseus.tufts.edu. Consultado em 18 de janeiro de 2021 

Bibliografia

  • BRANDÃO, Junito. Dicionário mítico etimologico. Petropolis: Ed. Vozes, 2008
  • GRIMAL, Pierre. Dicionário da mitologia grega e romana. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.
  • ENCICLOPÉDIA Lúso-Brasileira de Cultura. Lisboa: Ed. verbo, 1960.