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Segunda cúpula do BRIC Segunda cimeira BRIC | |||||||
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Logotipo oficial. | |||||||
Anfitrião | Brasil | ||||||
Sede | Brasília | ||||||
Data | 15 e 16 de abril de 2010 | ||||||
Participantes | Luiz Inácio Lula da Silva Hu Jintao Manmohan Singh Dmitri Medvedev | ||||||
Cronologia | |||||||
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A segunda cúpula do BRIC(pt-BR) ou segunda cimeira BRIC(pt-PT?) foi realizada nos dias 15 e 16 de abril de 2010, na cidade de Brasília, Brasil. Os chefes de Estado dos quatro integrantes do grupo (Brasil, Rússia, Índia e República Popular da China) compareceram ao evento.
A China antecipou a realização da cúpula, que seria em 16 de abril, após o sismo ocorrido em Qinghai.
Um documento de cooperação técnica foi assinado entre o BNDES, do Brasil; o Banco de Desenvolvimento e Assuntos Econômicos Externos (Vnesheconombank), da Rússia; Banco de Desenvolvimento da China (CDB); e Banco Exim, da Índia. Na prática, uma empresa brasileira pode, por exemplo, fazer um projeto na China e receber financiamento do BNDES e do banco chinês.
Jim O'Neill, criador da sigla BRIC, considera que os resultados da cúpula evidenciam a necessidade de uma nova postura dos países ricos ao administrar a economia global, pois há uma pressão para a mudança na forma de gerenciamento do FMI, mas as mudanças significativas, causadas pelas diferenças dos modelos econômicos, são encaradas com ceticismo.
Uma reunião preparatória aconteceu no Rio de Janeiro no dia 14 de abril com a presença da África do Sul em simultânea ocorrência do Fórum IBAS, quando foram discutidos - pela primeira vez - oportunidades de negócios e investimentos para setores de energia, tecnologia da informação, infraestrutura e agronegócio.
A Rússia anunciou demandas para investimentos em rodovias e aeroportos; e o Brasil em ferrovias, aeroportos, hidrovias e estrutura urbana. A China sugeriu a troca de informações para a segurança alimentar, ou seja, um intercâmbio informativo para evitar grandes altas nos preços dos alimentos.
O presidente russo também elencou as cooperações multilaterais em energia nuclear, construção de aviões, exploração espacial e nanotecnologia como as mais promissoras a partir do incremento do comércio negociado feito com moedas nacionais, o que de quebra garantiria o estreitamento de laços econômicos entre os países.
Antes do início da cúpula, o presidente russo, Dmitri Medvedev, defendeu o comércio bilateral com moedas nacionais, ou seja, sem a intermediação do dólar ou do euro, fato que seria abordado entre todos os países no dia seguinte. Alguns analistas defendem que esse tipo de comércio beneficiaria sobretudo a China que tradicionalmente manipula sua própria moeda para tornar seus produtos mais baratos e concorrer deslealmente com outros países. O Peterson Institute calcula que o iuan esteja 40,7% subvalorizado em relação ao dólar e o real valorizado em 15,7% em relação ao dólar, o que significa que o iuan está 50% subvalorizado em relação à moeda brasileira.
A cooperação energética é um dos assuntos em pauta da cúpula. Segundo dados da Agência Internacional de Energia, os países do Bric respondem por 58% do crescimento da demanda mundial por petróleo, sendo a maior parte respondida pela China.
No dia 15 de abril, após o encontro do presidente Lula com Hu Jintao, foi anunciado que uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sobre produção de biomassa da cana-de-açúcar terá a complementação de um estudo da Universidade de Tsinghua que estuda o cultivo de algas que possuem alto conteúdo de óleo. Complementares, os resultados desses trabalhos podem permitir o desenvolvimento de uma tecnologia inovadora para a produção de biodiesel.
Brasil e China estabeleceram um acordo de venda de 200 mil barris diários de petróleo. Também foi anunciado que as empresas LLX, do Brasil, e a estatal chinesa Wisco devem construir um complexo siderúrgico no Porto Açu, no Rio de Janeiro, tido por Lula como "o maior investimento chinês no Brasil e o maior da China, neste setor, no exterior".
A declaração final da reunião de cúpula dos quatro países sugere que um novo sistema de votação no Banco Mundial, bem como a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Durante o encontro, os líderes dos BRICs também assinaram um acordo de cooperação, com a finalidade de facilitar o financiamento de obras e projetos entre as nações. A iniciativa deve priorizar as áreas de energia e infraestrutura. Os bancos de desenvolvimento dos quatro países se comprometeram em analisar "conjuntamente" formas de incentivar a concessão de crédito entre os BRICs.
As promessas de negócios, embora vazias de datas e valores, envolveram um leque inédito de temas na relação entre os dois países, como mecanismos de financiamentos e propriedade intelectual. As reuniões frequentes também foram propostas.
Durante o encontro, um acordo de cooperação em ciência, tecnologia e inovação assinado em maio de 2009 pelos dois países poderá sair das intenções.
Além das parcerias energéticas, China e Brasil assinaram protocolos de requisitos fitossanitários para a exportação do Brasil para a China de carne bovina e folhas de tabaco. O desenvolvimento de satélites também esteve em pauta.
Chefes de delegações com encontros bilaterais:
Precedido por Primeira cúpula |
Cúpulas do BRIC Brasília 2010 |
Sucedido por Terceira cúpula |